domingo, 1 de abril de 2012

América - Teatro


Teatro na América

           O teatro e a expressao mais antiga do espirito lúdico da humanidade, e uma arte cênica especial, pois embora tome quase sempre como ponto de partida um texto literário (comedia, drama, e outros gêneros), exige a transformação da literatura em espetáculo cênico e sua transformação direta com a plateia.
Na América o teatro não deixa de ser diferente passando a executar tipos de variações tanto urbanas como populares. Os gêneros se diversificam em tragédia, comédia e drama. Sendo que a Literatura dramática não é um gênero como os outros, pois é indispensável à presença e cooperação do público.
            O teatro não só na América, más como no mundo todo tem mudado de forma, de acordo com que a sociedade muda, apesar de não ocupar mais o centro da vida coletiva. Ele ampliou muito a liberdade que lhe permite explorar territórios novos na escrita e na encenação.
Podemos citar como principais formas de teatro:
Romantismo
            Movimento literário e dramático do século XIX que se desenvolveu como uma reação à austeridade confinante do neoclassicismo. Procurando imitar a estrutura vaga e episódica das peças de Shakespeare, os românticos aspiravam libertar-se de todas as regras atendendo apenas às solicitações de uma inspiração livre do gênio artístico, verdadeira fonte de toda a criatividade. De um modo geral, enfatizavam mais climas e atmosferas do que o conteúdo em si, e um de seus temas prediletos era o abismo existente entre as aspirações espirituais do ser humano e suas limitações físicas.
Simbolismo
           Muito ligado à poesia simbolista, o teatro simbólico foi um movimento do final do século XIX e do início do século XX que basicamente almejou substituir a representação realista por outra forma que pudesse expressar uma verdade mais interior. Procurando restabelecer o significado espiritual e religioso do teatro, o simbolismo utilizou-se de mitos, lendas e símbolos, tentando assim transcender a realidade do cotidiano. As peças de Maurice Maeterlinck são exemplos bem conhecidos deste movimento.
Surrealismo
          Um movimento que se propôs a atacar o formalismo nas artes, tendo-se desenvolvido na Europa após a Primeira Guerra Mundial. Buscando uma realidade mais profunda do que aquela captada pela mente racional e consciente, os surrealistas abandonaram a ação realista em prol de uma lógica onírica, obtida através de certas técnicas como a da escrita automática e a associação livre de ideias. Embora poucas peças escritas pelos surrealistas tenham alcançado uma grande expressão, o movimento teve grande influência no teatro de vanguarda, notadamente no Teatro do Absurdo e no Teatro da Crueldade.
Tragédia
        Uma das formas dramáticas básicas do teatro ocidental, a tragédia envolve uma ação séria de significado universal e possui importantes implicações morais e filosóficas. Seguindo Aristóteles, muitos críticos concordam com a ideia de que o herói trágico deve ser em essência uma pessoa admirável, cuja queda estimule nossa simpatia e nos deixe com a sensação de que de alguma maneira o que houve foi o triunfo da moral e da ordem cósmica, triunfo este que transcende o destino de um indivíduo. O final desastroso de uma tragédia deveria ser visto como o resultado inevitável da situação vivida pelo personagem, devido a forças que estariam além da sua possibilidade de controle. Tradicionalmente, a tragédia versava sobre a vida e a sorte de reis e nobres, e de fato tem havido considerável controvérsia sobre a possibilidade de haver uma tragédia moderna – vivida por pessoas comuns. E mesmo aqueles que concordam com essa possibilidade reconhecem que esta forma moderna seria forçosamente diferente do conceito tradicional de tragédia.
Teatro de rua
        Termo genérico que se aplica ao trabalho de um grande número de grupos que se propõe a representar ao ar livre, procurando abordar os problemas vividos por uma comunidade específica ou mesmo por uma vizinhança e suas necessidades. Seu surgimento data dos anos 60, em parte devido a questões ligadas à inquietação social, e também em função da necessidade de um teatro que pudesse falar de problemas específicos, vivenciados por determinadas comunidades.
Comédia
            Como uma das categorias mais antigas da dramaturgia ocidental, a comédia tem acolhido sob seu manto um grande número de diferentes subespécies. Embora seu raio de ação seja amplo, pode-se dizer de modo geral que as comédias são peças leves, voltadas para assuntos não sérios. Têm sempre um final feliz e procura em última análise divertir e fazer rir. Historicamente, no entanto, a comédia tem sofrido inúmeras alterações. A Comédia Antiga (Aristófanes) era farsesca, satírica e não realista. Já as comédias da Renascença sofreram maior influência das comédias romanas. Ben Jonhson construiu suas “comédias de humor” de acordo com o modelo romano. Em suas peças, o ridículo é dirigido a personagens que são dominados até as raias da obsessão por determinados traços. A Comédia de Costumes tornou-se popular no final do século XVII, com o advento de Molière e dos escritores do período da Restauração inglesa. Refere-se basicamente a um meio social culto e sofisticado, fazendo uso de um diálogo espirituoso e mordaz e colocando os personagens ridiculamente preocupados com questões de refinamento social. O século XX tem visto uma expansão do território da comédia, bem como uma indefinição de seus limites com outros gêneros. Nas décadas finais do século XIX, Bernard Shaw utilizou-a para uma séria discussão de ideias, enquanto Tchecov escreveu obras interpretadas como sentimentais e tragicômicas. Desde então, os horizontes da comédia têm sido expandidos por escritores como Pirandello e Ionesco, cuja cômica visão do mundo é mais séria, pensativa e perturbadora que a encontrada na maioria das comédias tradicionais.
Drama da Restauração
          Diz respeito à dramaturgia inglesa após a restauração da monarquia, de 1660 a 1700. Representadas para uma audiência constituída por aristocratas que frequentava a corte do rei Charles II, as peças desse período consistiam em sua maior parte de tragédias heroicas em estilo neoclássico, ou então de comédias de costumes que refletiam uma visão bastante cínica da natureza humana.
Drama burguês
          Também conhecido como drama doméstico, este gênero lida com problemas dos membros de classe baixa e média, particularmente com problemas familiares. Conflitos com a sociedade, brigas em família, esperanças malogradas e obstinadas determinações constituem as principais características do drama doméstico. Ele pretende colocar no palco o estilo de vida das pessoas comuns – sua linguagem, comportamento, modo de trajar etc. O drama doméstico surgiu na Europa no século XVIII, acompanhando o emergir das classes trabalhadoras e dos comerciantes. Pelo fato de proporcionar uma rápida identificação com o público médio, o gênero cresceu em popularidade nos séculos XIX e XX, permanecendo ainda hoje como uma das formas mais encenadas de teatro.
Drama heroico
          Forma dramática séria, escrita em verso ou em prosa, que apresenta personagens heroicos ou nobres colocados em situações extremas ou envolvidos em aventuras inusitadas. Apesar das atribulações a que suas figuras centrais estão sujeitas, o drama heroico – ao contrário da tragédia – tem uma visão do mundo basicamente otimista. Possui quase sempre um final feliz, e no caso de o herói ou heroína sucumbirem ao final da peça, o que há é um final triunfante, onde essas mortes não são vistas de modo trágico. Peças de todos os períodos, tanto do Oriente como do Ocidente, enquadram-se nesta categoria. Durante o final do século XVII, na Inglaterra, peças desse tipo eram conhecidas como “tragédias heroicas”.
Drama medieval
          Há escassas evidências com relação às atividades teatrais na Europa entre os séculos VI e X. Mas ao fim do século XV, vários tipos de drama se desenvolveram. O primeiro deles, conhecido como drama litúrgico, era cantado ou entoado em latim, como parte dos serviços litúrgicos. Peças com temas religiosas eram escritas também em linguagem comum e levadas à cena fora da igreja. As peças de Mistério (também chamadas “peças cíclicas”) baseavam-se em eventos tirados do Antigo e Novo Testamento. Muitas delas eram organizadas em ciclos históricos que contavam a história da humanidade, da criação ao Dia do Juízo Final. Eram bastante longas, levando até cinco dias para serem representadas, sendo fruto de um esforço da comunidade – participavam diversas corporações de artífices, que se responsabilizavam pelos diferentes segmentos do espetáculo. Outras formas de drama religioso eram as peças milagrosas, que lidavam com fatos da vida de algum santo, e as moralidades. A moralidade era uma peça didática e alegórica, relacionada a questões morais ou religiosas, sendo seu exemplo mais famoso Todomundo. O período medieval também produziu outros tipos de textos seculares. À exceção das peças folclóricas que falavam de heróis lendários como Robin Hood, por exemplo, essas peças eram em sua maioria farsescas e curtas.
Existencialismo
        Um conjunto de ideias filosóficas cujo principal defensor era Jean-Paul Sartre – mas o termo existencialismo é também aplicado a peças de outros autores. A tese central de Sartre é de que não há mais valores ou modelos fixos pelos quais alguém possa viver e que cada indivíduo precisa criar o seu próprio código de conduta, sem levar em conta as convenções impostas pela sociedade. Apenas dessa maneira alguém pode verdadeiramente “existir” como um ser humano responsável e criativo; de outra forma este alguém não passará de um robô ou de um autômato. As peças de Sartre envolvem tipicamente pessoas às voltas com decisões que as conduzem à consciência da escolha entre viver a seu modo ou então deixar de existir como um indivíduo.
             O teatro não só na América, más como no mundo todo tem mudado de forma, de acordo com que a sociedade muda, apesar de não ocupar mais o centro da vida coletiva. Ele ampliou muito a liberdade que lhe permite explorar territórios novos na escrita e na encenação.  


Por: Ana Beatriz Soares dos Reis

Um comentário:

  1. Ana Beatriz, apesar de sua linguagem estar parecidíssima com a linbguagem dos sitres pesquisados, sua divisão das espécies teatrais ficou ótima. Mas voê não falou das américas em específico e isto empobreceu e ocultou do leitor informações valiosíssimas.
    Observe a grafia de É, EXPRESSÃO e COMÉDIA.
    O melhor seria escrever: NA AMÉRICA,// INDISPENSÁVEIS A PRESENÇA E A COOPERAÇÃO// MAS EM TODO O MUNDO.
    Beijos, Eliana.

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